Perito judicial grafotécnico
Ser perito grafotécnico é uma carreira lucrativa com grande potencial de crescimento, oferecendo amplas oportunidades de trabalho, flexibilidade de horários e baixo investimento inicial.
A escassez de profissionais qualificados aumenta a demanda, e a formação rápida e acessível facilita o sucesso.
Faça um curso de especialização para verificar se essa profissão atende às suas expectativas e garante a remuneração desejada.
O que faz um perito grafotécnico
O perito grafotécnico, também conhecido como perito de assinatura, identifica se uma assinatura foi feita por uma determinada pessoa.
Ele aplica exames grafotécnicos ou grafoscópicos para confrontar a escrita questionada com escritas autênticas, determinando se há elementos convergentes ou divergentes.
Após os exames, o perito elabora o Laudo Pericial Grafotécnico, detalhando o processo e o veredito final.
Qualquer profissional com ensino médio completo pode se tornar perito grafotécnico, desde que faça um curso de formação na área.
A remuneração varia: para assinaturas simples, de R$2.500,00 a R$3.000,00; para assinaturas complexas, de R$3.500,00 a R$4.000,00.
Um perito em tempo integral pode ganhar a partir de R$20.000,00.
A escolha de um curso com carga horária expressiva é essencial para uma excelente formação e maiores oportunidades de trabalho.
Você sabe o que faz um Perito Grafotécnico?
A Perícia Grafotécnica identifica a veracidade de assinaturas e documentos através de características únicas de cada pessoa.
A análise considera fatores genéticos e genéricos, como pressão, progressão, espaçamento e inclinação axial.
A perícia pode ser judicial, extrajudicial ou arbitral.
O perito grafotécnico verifica a autenticidade de documentos, observando que cada pessoa tem um gesto gráfico exclusivo.
Assinaturas idênticas ou com diferenças perceptíveis indicam falsificação. Técnicas de falsificação incluem decalque e assinatura exercitada.
A neutralidade e a especialidade são essenciais para o perito.
Como é feita a Perícia Grafotécnica
A perícia grafotécnica é realizada por confrontação entre a escrita a ser investigada (Peça Questionada) e as escritas autênticas da pessoa sob investigação.
O objetivo é determinar se há mais elementos convergentes ou divergentes entre elas.
Os exames grafoscópicos, ou grafotécnicos, são divididos em exames de ordem geral (como Calibres, Espaçamentos Gráficos, Proporcionalidade Gráfica) e exames de ordem genética (como Pressão, Progressão, Ataque).
O perito analisa cada exame, confronta os resultados e anota-os em uma tabela chamada “Quadro dos EOGs”.
Por exemplo, no exame de Ataque, o perito confronta os ataques da Peça Questionada com os dos padrões de confronto.
Se houver convergência, anota um sinal positivo (+) no Quadro dos EOGs.
O mesmo procedimento é seguido para os demais exames.
Se o Quadro de EOGs tiver mais sinais positivos, indica que a escrita da Peça Questionada foi produzida pelo mesmo autor dos padrões de confronto.
Se houver mais sinais negativos, indica divergência, sugerindo que a escrita não foi produzida pelo mesmo autor, podendo atestar falsidade em casos de assinatura.
O que é Laudo Pericial Grafotécnico
Após realizar todos os exames grafotécnicos e analisar o Quadro de EOGs, o perito deve elaborar o Laudo Pericial Grafotécnico.
Este documento descreve detalhadamente o processo da perícia, permitindo que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, compreenda os procedimentos e resultados.
O laudo deve incluir a descrição da Peça Questionada e dos padrões de confronto, a qualificação do autor dos padrões, a metodologia utilizada, possíveis diligências, resultados ilustrados de cada exame e uma conclusão fundamentada.
Quem Pode fazer Perícia Grafotécnica
A perícia grafotécnica deve ser realizada por peritos grafotécnicos habilitados, que possuem conhecimento em Grafoscopia.
Esses profissionais examinam a Peça Questionada e os Padrões de Confronto para determinar a autenticidade das escritas.
Qualquer pessoa pode se tornar perito grafotécnico, e não é necessário ter um curso superior.
Para entender por que não é preciso faculdade, leia nosso artigo explicativo. Para se tornar perito grafotécnico, é necessário fazer um curso específico na área.
As 2 formas de ser Perito Grafotécnico
Os peritos grafotécnicos podem atuar de duas maneiras:
- Forma particular (extrajudicialmente): O perito elabora laudos para escritórios, empresas, bancos, cartórios e outras instituições que necessitam de perícia grafotécnica. Esse campo apresenta boa demanda.
- Forma judicial: O perito é nomeado pelo juiz para atuar nos tribunais, elaborando laudos para a justiça e auxiliando na análise de documentos e verificação de assinaturas.
Em ambas as formas, o perito grafotécnico é bem remunerado pelo serviço prestado.
Quanto ganha um perito grafotécnico?
Os honorários do perito grafotécnico são decididos pelo próprio profissional.
Ao ser nomeado, o perito deve responder ao juiz com o aceite e informar o valor dos honorários, conforme o CPC (Código de Processo Civil):
“Art. 465. § 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias: I – proposta de honorários”
O valor deve ser justificado com base na complexidade do caso e na média de processos semelhantes.
Recomenda-se usar tabelas de referência ou consultar nomeações similares.
Em média, um perito grafotécnico ganha entre R$1.200,00 e R$5.800,00.
Como conseguir emprego de perito grafotécnico?
O perito grafotécnico pode conseguir emprego de duas formas:
- Contratado por uma empresa ou instituição: A melhor maneira é fazer networking com escritórios de advocacia e grupos de peritos grafotécnicos online.
- Nomeado por um juiz: É necessário se colocar à disposição dos Tribunais de Justiça e demonstrar qualificação. Investir em um curso de Perícia Grafotécnica é essencial para aprender a se apresentar ao tribunal e obter certificação que valida suas habilidades.
O mercado de trabalho para o perito grafotécnico
A prática de perito grafotécnico é pouco divulgada e não regulamentada como outras profissões, resultando em poucos especialistas na área.
Segundo o CNJ, até o final de 2021 havia 75,4 milhões de processos em andamento no Brasil, mas faltavam peritos judiciais para atender à demanda, especialmente peritos grafotécnicos, causando atrasos na Justiça.
O perito grafotécnico pode atuar como assistente técnico para empresas (escritórios, cartórios, advocacias, bancos, etc.) ou como perito judicial, nomeado por um juiz para elaborar laudos para a Justiça.
Não é necessário concurso público ou formação superior específica para atuar como perito judicial.
Conclusão
A profissão de perito judicial grafotécnico é vital para garantir a autenticidade de documentos e resolver disputas legais.
Especializado em Grafoscopia, este profissional realiza exames detalhados e elabora Laudos Periciais Grafotécnicos.
Qualquer pessoa pode se tornar perito grafotécnico sem necessidade de curso superior, mas é essencial buscar formação específica.
Existem duas formas de atuação: como autônomo ou vinculado a instituições. A remuneração é variável, mas a demanda crescente torna a carreira promissora.
Para conseguir emprego, invista em cursos de especialização, construa uma rede de contatos e mantenha-se atualizado.
O mercado de trabalho está em expansão, oferecendo diversas oportunidades.
Ser perito grafotécnico é uma carreira com grande potencial de crescimento, flexibilidade e uma contribuição significativa para a sociedade.
Se você busca uma profissão desafiadora e recompensadora, essa pode ser a escolha ideal.